Com que roupa eu vou?
- Admin
- 1 de jan. de 2018
- 2 min de leitura

Hoje na vitrine de uma loja, uma dessas lojas bem bacanas, havia um cartaz com letras grandes e brilhosas que convidavam mulheres a entrarem e conferirem os belos vestidos oferecidos para as festa de final ano, ou réveillon como a TV insiste em chamar. Logo ao lado uma senhora com uma idade que se destaca pela sua grande experiência, e uma outra mulher, que possivelmente seria sua filha - não necessariamente pela idade inferior, mas sim pela relação das duas.
Continuei a andar pelo corredor do shopping, mas não pude deixar de continuar a ver com meus olhos em ver as mulheres entrando. Como essas armadilhas funcionam, como as pessoas buscam mudanças e transformações simbólicas em suas vidas, e por mais belo que estava aquele vestido branco e prata brilhoso ele estava muito bem naquele manequim que passava longe do 50 quilos.
Pensei em quantas vezes me enxerguei num manequim muito menor, quando sonhei em aventuras no mato que jamais realizaria, ser casado ou ter uma família que jamais existirá. Imaginamos um mundo de realizações e acreditamos que o acaso e sorte poderá nos garantir uma prosperidade incerta e um conforto surpresa. Infelizmente acabamos nos amparando nessas incertezas, por conta da nossa tradição cristã? Talvez!
Aquela loja estava toda de branco, cor oficial dessa época do ano por supostamente trazer a paz, mas num momento de crise como o nosso vejo muitos usando camisas e camisetas amarelas em prol da riqueza e tantas outras cores que não vem ao caso, aliás confesso que não acredito em tais superstições, ora, eu como daltônico estaria privado das benções cromáticas do novo ano? ... Se bem que isso explicaria muita coisa.
A História é recheada de iniciativas, erros, ambições, ego, traições... Ou seja Ações! Não lembro de alguém de destaque que tenha se destacado por ficar inerte, por esperar, por achar que não era a hora. Uma das coisas que aprendi com a história é que os homens que tomam atitudes é que marcam sua existência - Seja para bem ou para o mal. Faça aquilo que julgue certo, mas Faça. Você não é obrigado a acertar, mas é digno que erre tentando.
Lembramos dos carinhos que recebemos, das broncas com que aprendemos, mas o silêncio geralmente são anônimos e caem no esquecimento com facilidade. O único silêncio que se destaca é das angústias e do arrependimento de não termos tomado atitude, independente da sua cor.
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